Em audiencia de mediação, TST apresenta proposta com pagamento de mensalidade para o plano de saúde
Publicado em 29/05/2017 18:18
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Participaram da audiência os representantes dos Trabalhadores na Comissão Paritária, sendo pela Findect os companheiros Elias Cesario (Diviza), Silvana Azeredo, André Gasperoni, Wilson Araújo, Maxy Morais, Anezio Rodrigues, Manoel Feitoza e Jorge Gonzaga. Mediada pelo vice-presidente do TST, Ministro Emmanuel Pereira, de um lado a Empresa empurra aos Trabalhadores a responsabilidade da crise. Segundo seus representantes, se não for aceito o pagamento de metade das custas do plano, um programa de demissão motivada terá de ser criado. Discurso chantagista e ameaçador, conhecido da categoria, que fará o que faz melhor, lutar por seus direitos e benefícios.
A proposta apresentada pelos técnicos do TST traz maior participação dos Trabalhadores na administração do plano, que deverá ter maior transparência. Ponto positivo, que a FINDECT vem discutindo há muito tempo, inclusive com a defesa da volta da gestão ao RH da Empresa. No entanto, também foi apresentada a proposta de pagamento de mensalidade e aumento da coparticipação dos Ecetistas. Acompanhe abaixo como seria a mensalidade e coparticipação, segundo proposta do TST:
- – Mensalidades baseadas em percentuais que variam de 5,21 a 7,82 dependendo da renda salarial, sempre em cima do salário-base.
- – Compartilhamento de 15% a 30% nas consultas e procedimentos. Sem cobrança nas internações.
- – Teto de 2 vezes os salários base.
- – Seriam mantidos os pais que já estão no plano, sendo cobrado um valor na mensalidade do funcionário para essa manutenção, porém fica vedada a inclusão de novos país.
- – EX: salário 2.000,00 reais
- – FUNCIONARIO + cônjuge + 2 filhos = 104,00 reais
- – FUNCIONARIO +conjugue +2 filhos + 1 pai = 208,00 reais
- – ( fora o compartilhamento dos procedimentos )
Com a proposta, o valor da contribuição direta dos Trabalhadores seria de 560 milhões ao ano. O valor sobe para os 678 milhões com a coparticipação. Lembrando que são os Trabalhadores que geram a arrecadação dos correios, no dia a dia, suando a camisa e dando o sangue. Desta forma, os Trabalhadores teriam de pagar duas vezes, uma com o dinheiro da Empresa, gerado por sua categoria, e outra com descontos no contracheque.
Mesmo após a apresentação do TST, o clima de insatisfação e dúvida permaneceram. A direção dos Correios nega maior transparência nas contas do pós emprego (principal responsável pelo “custo elevado do plano”).
Lembrando que a proposta apresentada é de responsabilidade do TST. Segundo o Ministro Emmanoel, caso não haja acordo entre Empresa e Trabalhadores, a questão será encaminhada à dissídio. Ou seja, quem decide são os ministros do TST, sem participação dos Trabalhadores na decisão.
A Findect mantém sua posição na defesa da assistência médica, e somente divulgará sua orientação quando não houver mais dúvidas, e após a sinalização da Empresa sobre a proposta apresentada. No momento, os membros da comissão estão discutindo a proposta e encaminhando aos Sindicatos filiados (São paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão) para que ela seja apresentada à base.
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