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Brasil em estado caótico 2: A volta da fome e do fantasma da inflação: resultado do desmonte das políticas governamentais

Publicado em 16/02/2022 12:01

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● A FINDECT produziu uma série intitulada “Brasil em estado caótico”, para numa sequência de artigos ajudar os trabalhadores a compreenderem as causas da crise econômica e do desmonte dos serviços públicos que atingem o país e a importância do debate político para 2022.

● Desemprego, precarização, volta da fome, inflação, mais pessoas vivendo nas ruas, aumento dos casos de covid, saúde colapsada e falta de perspectiva de melhoria é o quadro em que figura o Brasil nesse início de 2022 como resultado das opções e políticas governamentais. Essa situação, que precisa mudar, será discutida nos artigos. Acompanhe!

Na segunda matéria da série “Brasil em estado caótico”, a FINDECT faz mais uma reflexão sobre a política perversa do governo Bolsonaro contra o povo e os trabalhadores, que resulta na destruição das políticas públicas, no descontrole da inflação e no aumento do desemprego que fez o país voltar ao triste Mapa da Fome.

A volta da fome no Brasil

A política deliberada do governo de desmonte das iniciativas contra a fome no país, a escalada inflacionária, o desemprego, a ausência de recomposição do valor de benefícios sociais e um desmonte das políticas de segurança alimentar levou à volta do país ao Mapa da Fome.

Em 2020, o país registrou 55,2% da população convivendo com a insegurança alimentar, segundo pesquisa da Rede Penssan. Cenas observadas em 2021, como pessoas buscando ossos e carcaças para se alimentar e os diversos protestos contra a fome, não podem ser creditadas só à crise provocada pela pandemia.

A volta do fantasma da inflação alta

Tudo indica que a inflação voltou para ficar. Passou dos 10%, o que não ocorria há tempos, e se mantém alta. As principais causas dessa tendência são:

● o dólar alto que aumenta os custos de produção de todos os produtos que dependem de insumos importados;

● o aumento absurdo dos preços dos alimentos e bebidas;

● o aumento dos custos de habitação como aluguéis;

● o enorme aumento dos custos de transporte puxado pela alta dos combustíveis (gasolina e diesel);

● o forte aumento dos preços do gás de botijão e da energia elétrica.

É preciso notar que a forte alta de preços, embora prejudique parte considerável da sociedade brasileira, não é um fenômeno neutro nem puramente econômico. A resposta governamental tampouco pode ser neutra. Há perdedores e ganhadores associados ao fenômeno inflacionário, em si, e aos efeitos decorrentes da política econômica adotada para enfrentar o problema (veja mais abaixo).

É preciso botar fim a essa situação, e isso depende da organização, da mobilização, da unidade e das lutas dos trabalhadores e de uma participação crítica, propositiva e consciente da categoria ecetista e de todo o povo no processo eleitoral que se dará esse ano.

Volta do Brasil ao Mapa da Fome é retrocesso inédito no mundo, diz economista

Nota Tecnica: Inflação, conflito distributivo e escolhas do governo

No 3° episódio da série, vamos falar sobre os reflexos do negacionismo do governo Bolsonaro no combate à pandemia. Não deixe de acompanhar, na próxima quarta-feira (23) às 10h aqui no site da Findect!

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